Como a 15ª cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade em Montreal, Québec entra em sua última semana de negociações para metas globais, a mineradora canadense Belo Sun demonstrou mais uma vez os perigos de investir na destruição da Amazônia, já que os preços de suas ações caíram vertiginosamente após protestos e defesa de ativistas e líderes indígenas na cúpula. Belo Sun's preço das ações caiu mais de 50% desde o lançamento da avaliação de risco e relatórios sobre a oposição indígena, e atualmente está sob US$ 0.08 por ação.
A mineradora canadense Belo Sun está planejando seu Projeto Volta Grande (VGP), uma proposta de mina de ouro a céu aberto massivamente destrutiva, nas margens do rio Xingu, na região de Volta Grande, na Amazônia brasileira. Se concluído, o projeto será a maior mina de ouro a céu aberto da história do Brasil com impactos irreversíveis para a biodiversidade amazônica. Isso representaria imensas ameaças ao frágil ecossistema da região, bem como aos povos indígenas e tradicionais que vivem na área.
Em 9 de dezembro, Amazon Watch, junto com lideranças indígenas brasileiras, divulgou Os riscos de investir na Belo Sun, uma avaliação de risco que demonstra os graves riscos que a Belo Sun representa para o meio ambiente, as pessoas e seus próprios investidores.
Assessor de Campanha do Brasil Gabriela Sarmet of Amazon Watch emitiu a seguinte declaração:
“A queda acentuada do valor da Belo Sun é mais uma demonstração do que já sabemos: essa empresa é um investimento de risco enorme, e não passa de uma 'máquina de gastar'. A suspensão da licença ambiental da Belo Sun, as repetidas violações dos direitos indígenas e as graves ameaças à biodiversidade e à saúde do ecossistema na Amazônia mostram um quadro claro: o mercado mostra claramente que qualquer empresa ou instituição financeira tola o suficiente para investir ou adquirir a Belo Sun arriscaria sua investimento total”.