Conflito varre território indígena no Brasil | Amazon Watch
Amazon Watch

Território Indígena de Varredura de Conflitos no Brasil

13 de novembro de 2012 | Maíra Irigaray | De olho na amazônia

Território Indígena de Varredura de Conflitos no Brasil

Belo Monte: Justiça Já!

Junte-se ao coro mundial que clama por justiça no Brasil, pedindo uma decisão definitiva sobre os processos contra a hidrelétrica de Belo Monte. Assine a petição hoje.

TOME A INICIATIVA

À beira do VIII Fórum Indígena e o setor elétrico, conflitos alarmantes tomam conta do Brasil. O fórum foi chamado de “uma farsa para limpar os impactos do setor de energia sobre os povos indígenas” e a realidade fora das portas da conferência prova que os brasileiros estão enfrentando um momento único. Em três regiões diferentes, povos indígenas de Mato Grosso, Tapajós e Xingu se viram frente a frente com o que “desenvolvimento” realmente significa para sua cultura e terras.

O povo Guarani Kayowá representa um dos povos indígenas mais numerosos do país (46,000 de aproximadamente 734,000), mas continua a ser alvo de constantes ataques e tem visto uma alarmante onda de suicídios em suas comunidades. Relatórios do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) mostram que nos últimos cinco anos ocorreram mais de 200 assassinatos e mais de 150 suicídios; mais de 100 crianças morreram de desnutrição, cerca de 200 indígenas foram presos e mais de 90% das famílias viviam com uma bolsa de alimentação básica e outras ajudas governamentais.

Há algumas semanas, os Guarani Kayowá ocuparam um terreno que afirmam ser deles, mas o Supremo Tribunal Federal se preparou para despejá-los. A situação mudou quando ameaças de suicídio em massa surgiram na imprensa internacional e ganharam força nas redes sociais e nos protestos de rua.

Na semana passada também houve um conflito entre os Munduruku da região do Tapajós, que terminou com a intrusão da Polícia Federal, um indígena morto e vários outros feridos. Muitos foram presos e algemados por mais de nove horas. A polícia alegou estar lá para derrubar um garimpo ilegal, mas é óbvio que por trás disso estão dois grandes interesses: a barragem do Tapajós e a barragem de Belo Monte.

O governo quer fazer estudos nas terras Munduruku para a barragem do Tapajós enquanto o grupo resiste fortemente. Sem mineração, no entanto, eles precisariam contar com o governo e seu plano de desenvolvimento para sobreviver. Por outro lado, os Munduruku têm demonstrado forte apoio ao povo xinguano que está resistindo à barragem de Belo Monte e parece que a polícia estava ali para intimidar e instilar medo, mostrando o que o governo é capaz de fazer.

Enquanto isso, na região do Xingu, operários noturnos do canteiro de Belo Monte queimaram as estruturas dos canteiros de obras, incluindo escritórios, praças de alimentação, laboratórios de informática, casas e outras dependências, além de alguns ônibus e máquinas. Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho. Espero que os brasileiros agora entendam que a barragem de Belo Monte não está afetando apenas a população local do Xingu, mas também milhares de cidadãos trabalhadores. Esta é uma imagem clara de como o desenvolvimento geralmente ocorre de forma completamente irresponsável. Ironicamente, a maior parte do dinheiro da barragem de Belo Monte vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja principal fonte são os impostos sobre o trabalho. Os trabalhadores estão basicamente pagando por projetos irresponsáveis ​​para avançar com condições de trabalho escravo.

Tudo isso é um rápido vislumbre da dramática situação que os indígenas estão enfrentando no Brasil. Como brasileiro, sei que isso provavelmente não é diferente de muitos outros países. Mas quando o Brasil aprenderá que este não é o caminho para o desenvolvimento sustentável?

Os Munduruku, Guarani Kayowá e Xingu estão enfrentando problemas relacionados a projetos catastróficos em suas terras. Agora o Supremo Tribunal Federal tem em mãos uma decisão que pode mudar para sempre o direito à consulta prévia e informada. Ao negar esse direito, a lei estaria mudando o direito constitucional brasileiro, ameaçando os povos indígenas de decidir o que acontece em suas terras e em suas vidas.

Estamos buscando Justiça Agora para o povo do Xingu e para todos os povos indígenas do Brasil. Por favor junte-se a nós - assine esta petição e peça justiça agora!

POR FAVOR COMPARTILHE

URL curto

OFERTAR

Amazon Watch baseia-se em mais de 25 anos de solidariedade radical e eficaz com os povos indígenas em toda a Bacia Amazônica.

DOE AGORA

TOME A INICIATIVA

Demarcação Agora! Mineração na Amazônia!

TOME A INICIATIVA

Fique informado

Receber o De olho na amazônia na sua caixa de entrada! Nunca compartilharemos suas informações com ninguém e você pode cancelar a assinatura a qualquer momento.

Subscrever