Santa Monica, Califórnia - Com os manifestantes se manifestando do lado de fora, os acionistas da Occidental Petroleum Corp. rejeitaram uma resolução pedindo à empresa que fizesse uma análise mais crítica de suas operações no nordeste da Colômbia.
A resolução foi apresentada por defensores da tribo indígena U'wa da Colômbia na assembleia anual de acionistas da empresa. A medida teria exigido que a Occidental examinasse as armadilhas jurídicas e financeiras de seu projeto de perfuração de petróleo Cano Limon.
Os U'wa dizem que o terreno usado para o projeto pertence a eles - uma alegação que Oxy nega.
Os U'wa também afirmam que a Occidental está poluindo a terra e que o oleoduto se tornou um alvo convidativo para terroristas antigovernamentais que danificaram repetidamente o oleoduto.
O projeto Cano Limon é co-propriedade da Occidental e do governo colombiano. A perfuração de teste começou em 3 de novembro.
A Occidental se descreve como uma empreiteira que trabalha para o governo colombiano e insiste que está sendo injustamente alvo dos protestos, que vêm ocorrendo desde 1992.
No ano passado, os defensores do U'wa interromperam repetidamente a reunião anual com gritos de "mentiras" e "vergonha".
Depois de ouvir os apoiadores do U'wa na sexta-feira, o presidente e executivo-chefe da Occidental, Ray Irani, expressou frustração, dizendo que sua empresa respeita os países anfitriões.
“Não entendo por que vocês continuam perseguindo essa questão aqui”, disse Irani aos poucos acionistas que representaram os U'wa na assembleia. “Por favor, prossiga na Colômbia.”
Outros acionistas expressaram impaciência e hostilidade para com os manifestantes.
“Por que eles simplesmente não arrumam um emprego?” disse Eileen Bankoff, uma residente de Los Angeles que manteve ações da Oxy por 20 anos. “Eles são rudes e desagradáveis e me lembram as pessoas que ficam na frente de locais de aborto”.
Mas os defensores de U'wa fora da reunião prometeram continuar suas manifestações.
O ator Cary Elwes estava entre eles.
“Se um número suficiente de acionistas se desinvestir da Occidental, a empresa pode pensar duas vezes antes de continuar a perfurar”, disse Elwes, enquanto os manifestantes se aglomeravam em trajes e empunhando tambores de bongô.
“Esta é uma situação muito próxima de Davi contra Golias.”
