Quito, Equador - Uma coalizão de grupos ambientais exortou o Ministério de Energia do Equador na quinta-feira a rejeitar um pedido de licença ambiental para construir um tão aguardado oleoduto de petróleo bruto.
É a primeira vez que cinco grupos ambientalistas, liderados pela Fundação Natura, se opõem oficialmente ao projeto, junto com várias organizações internacionais, que emitiram uma carta de protesto esta semana.
Segundo os grupos, o estudo de impacto ambiental apresentado pelo consórcio multinacional OCP Ecuador SA “apresenta lacunas técnicas e metodológicas”.
“Do jeito que está agora, o plano não deveria ser aprovado. Exigimos um estudo mais aprofundado sobre os possíveis desvios da rota ”, disse aos jornalistas o diretor-executivo da Fundação Natura, Ricardo Moreno. O consórcio planeja construir o oleoduto através da reserva ecológica Mindo, 16 milhas (25 km) a noroeste de Quito. A área é considerada um importante habitat para pássaros na América do Sul.
Um contrato para construir um duto de petróleo pesado foi assinado em fevereiro pela OCP, um consórcio formado por Alberta Energy Co. Ltd, ENI italiana, Agip Petroleum, Kerr-McGee Corp, Occidental Petroleum Corp., Repsol-YPF, Perez Companc e a construtora argentina Techint.
O projecto requer um investimento de 1.1 mil milhões de dólares e deverá quase duplicar a produção de petróleo do país. Vários grupos internacionais, incluindo Greenpeace International e Amazon Watch, escreveu uma carta de oposição esta semana aos bancos que financiam ou aconselham o projeto, incluindo JP Morgan Chase, Citigroup e Deutsche Bank AG. A OCP afirmou que a rota proposta é mais segura e reduz o risco de desastres naturais e elimina uma série de problemas físicos e geológicos.
O Ministério da Energia deve decidir sobre a licença ambiental até 10 de junho. O Equador atualmente tem apenas um oleoduto que pode transportar uma média de cerca de 400,000 barris de petróleo por dia.
