Destruição da selva amazônica atinge alta em 5 anos | Amazon Watch
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Destruição dos sucessos da selva amazônica em 5 anos

15 de maio de 2001 | Reuters

Brasília, Brasil - A destruição da floresta amazônica brasileira saltou no ano passado para os níveis mais altos desde 1995, levando o governo na terça-feira a prometer novos controles para reduzir o desmatamento.

A extração madeireira na maior floresta tropical do mundo atingiu 7,659 milhas quadradas no ano passado, ante 6,664 milhas quadradas em 1999, de acordo com dados preliminares do governo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Ambientalistas ficaram irritados com o aumento, dizendo que mais ações são necessárias rapidamente para reverter o que eles veem como a destruição insustentável da Amazônia, lar de até 30% da vida animal e vegetal do mundo.

“O início do novo milênio não poderia ter sido pior para a Amazônia, os números são preocupantes se olharmos para o futuro”, disse o World Wildlife Fund em um comunicado.

Os números anuais do INPE, com base em imagens de satélite da Amazônia, mostram que 0.56 por cento do total da selva foi derrubado em 2000. A maior parte da Amazônia - que é maior do que toda a Europa Ocidental combinada - está no Brasil, embora se estenda a países vizinhos como Venezuela e Colômbia.

A área perdida da Amazônia era mais ou menos do tamanho da Bélgica.

A destruição da Amazônia, que às vezes é considerada o “pulmão do planeta” devido às enormes quantidades de oxigênio produzidas por suas árvores, vinha caindo gradualmente da taxa mais alta dos últimos anos de 0.8% em 1995.

O INPE disse que o aumento do desmatamento no ano passado foi devido principalmente ao aumento da extração de madeira em pequenas propriedades, pertencentes a fazendeiros que tentavam ganhar a vida com a terra.

Respondendo aos números, a secretária de coordenação do Ministério do Meio Ambiente para a Amazônia, Mary Allegretti, disse que o governo vai introduzir um sistema de licenciamento ambiental para propriedades em áreas onde o desmatamento é pior.

Para impor o controle da extração de madeira nas piores áreas, o direito de cortar árvores só seria concedido se o proprietário da propriedade tivesse uma licença ambiental, disse Allegretti.

“A princípio, vamos concentrar nosso trabalho nas áreas mais afetadas, mas a demanda por licenças de propriedades rurais vai valer para toda a Amazônia”, disse Allegretti.

Os números anuais do INPE coincidiram com uma campanha cada vez mais intensa de ambientalistas para bloquear uma proposta de aumento da quantidade de Amazônia que pode ser legalmente cortada. A proposta de alteração do chamado código florestal brasileiro será votada em uma comissão do Congresso no dia 30 de maio.

Ambientalistas temem que uma escassez crônica de energia, que provavelmente levará ao racionamento, possa colocar mais pressão ambiental na Amazônia, enquanto o governo considera a construção de mais usinas de energia na área.

Um estudo publicado este ano alertou que um programa de desenvolvimento econômico do governo pode destruir até 42% da Amazônia se for levado adiante.

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