Fotos disponíveis SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA - por favor dê crédito a Kamikia Kisedje
Na semana passada, delegações de mulheres indígenas de toda a Amazônia chegaram à capital do Brasil para a II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, com o tema “Mulheres Originais: Reflorestando mentes para a cura da Terra”. De 7 a 11 de setembro, 4,000 mulheres de mais de 150 nações indígenas se juntaram à marcha por seus direitos, pela proteção da floresta tropical e pela ampliação da ameaça do julgamento Marco Temporal contra os povos indígenas no Brasil.
As Mulheres Defensoras da Amazônia, conhecidas como as Mulheres Amazônicas, divulgou o seguinte comunicado:
“Dos territórios indígenas amazônicos do Equador, a milhares de quilômetros do Brasil, viajamos para nos solidarizarmos com nossas irmãs indígenas no Brasil. Suas lutas são semelhantes às nossas.
“As indústrias extrativas e suas maquinarias, patrocinadas por governos, invadem nossas terras e destroem nossos territórios de vida. Por isso trouxemos nossas vozes, nossas canções e nosso grito de guerra para dizer a Jair Bolsonaro, como dizemos todos os dias ao presidente equatoriano Guillermo Lasso, que não deixaremos nossa casa, a Amazônia, desprotegida!
“Sabemos que nossa casa está sob ataque todos os dias. Petróleo, mineração, extração de madeira, exploração hidrelétrica e rodovias estão avançando e destruindo a Amazônia. Como um vírus, a indústria está destruindo as terras onde nossos ancestrais estão enterrados, destruindo árvores, montanhas, rios e lagoas. Nossos territórios são a extensão de nossos corpos. A natureza é uma só. A Amazônia é uma só!
“As fronteiras dos países foram criadas por governos que não conhecem esses territórios. Por isso, viemos ao Brasil solidarizar-nos com nossas irmãs que vivem os ataques e ameaças contra seus territórios e corpos.
“O que acontece nesta parte do nosso território também nos afeta do outro lado! Nós somos mulheres indígenas, mulheres da terra, mulheres curandeiras que defendem a vida para todos! ”